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                                   Mesa Pronta 
                                                                     
                                                                    Angela 
                                                                    Moura 
                                                                     
                                                                     
                                                                     
                                                                    Campainha 
                                                                    à espera 
                                                                    mesa pronta. 
                                                                     
                                                                    Em castiçal 
                                                                    chamas se 
                                                                    despem 
                                                                    no ritual 
                                                                    cigano 
                                                                    da música 
                                                                    de teus passos. 
                                                                     
                                                                    O arroz transpira 
                                                                    ansiedade. 
                                                                     
                                                                    Na moldura 
                                                                    do quadro 
                                                                    sorrio segura 
                                                                    no muro da 
                                                                    palavra. 
                                                                     
                                                                    Na dobra da 
                                                                    almofada 
                                                                    a agulha fia 
                                                                    o medo. 
                                                                     
                                                                    No borbulhar 
                                                                    da taça 
                                                                    ouço teu soluço 
                                                                    preso na gravata 
                                                                    e no umbigo 
                                                                    num abraço 
                                                                    manso 
                                                                    mendigo 
                                                                    e degusto 
                                                                    saudade. 
                                                                     
                                                                    Do 
                                                                    livro "Da 
                                                                    Mulher, Eu 
                                                                    Mulher" 
                                                                     
                                                                    (Repasse 
                                                                    com os devidos 
                                                                    créditos) 
                                  
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