Sonhar
Angela Moura
Sonhar
é muito bom!
Só
que sonhar com as coisas boas que
desejamos é mais fácil do que torná-las
reais. Sonhar não tem preço nem dá
trabalho.
Construir um amanhã melhor mobiliza
energia, envolve investimento e esforço de
nossa parte, obrigando cada
interessado a "pagar para ver". Além de
muito pensar, lá se vai o tempo e
muitas "mãos à obra"... rsss.
Dá vontade de parar por aí, né?
Huuuummm, como ia ser bom se o
destino mandasse tudo por e-mail ou numa
cestinha de café da manhã...
Construir
pressupõe criar algo novo em
novos alicerces, colocar abaixo o que não
presta ou possa vir a prejudicar a
construção.
Na teoria, podemos, facilmente, abrir mão
das coisas que não servem mais para ocupar o
espaço com as novas, não deixando energia e
sentimentos estagnados.
Mas são tão bonitinhas... Já foram tão
importantes... Quem sabe vamos
precisar delas outra vez?...
E as pessoas que não cabem mais em nossos
sonhos? Desapego?
- Que nada!!!! Melhor com elas do que sem...
Será mesmo?! E se elas nos substituem logo?
Como ficam nossos cotovelos?
Ai!!!!
Bom
seria guardar tudo e todos no baú
da vida...
Descartar coisas e pessoas é uma decisão tão
difícil, que a gente nem se incomoda como
eles ou elas ficariam guardados, amassados,
mofados, sem uso e sem dono... rssss.
Tudo por conta do nosso querer no particípio
passado e no gerúndio de nossos egoísmos.
Que maldade!.... rsss.
MIAUUUU!
Nessas horas até pensar dá um soninho...
E
quando precisamos correr atrás de
novos começos?...
Ah, que preguicinha!
A conquista de situações e pessoas novas é
emocionante... Tão emocionante que nos
assusta, né?
Quanta adrenalina!
Como não depende só de nós, acaba se
transformando em uma aventura sem garantia
de sucesso e um montão de riscos... Ainda
mais que a decisão fica por conta de um outro
que pode nos reprovar...
O percentual da autoconfiança de cada
um acaba sendo o verdadeiro responsável pela
decisão de arriscar ou não...
Mesmo que se espere mais amor, prazer,
satisfação e realizações, quando a
insegurança aparece, a gente brinca
de esconde-esconde com a vida e vai
deixando tudo para depois... Depois...
Depois...
Que medinho brabo!
Sair
da inércia, dar o primeiro passo,
decidir ir em frente... Custe o que custar...
Que complicação danada!
Mas concretizar sonhos é imitar a própria
vida: obedecer os ciclos de maturação,
passando por todas as estações, onde os
frutos são colhidos facilmente quando
completam seu ciclo e amadurecem.
Não
adianta querer apressar o passo e
as decisões, nem mesmo ter decepções com
as próprias resistências e dificuldades na
hora de construir e mudar.
As mudanças internas são demoradas e
gradativas... E as definitivas levam, às
vezes, uma vida inteira.
Apesar da intenção de buscar qualidade de
vida, os hábitos travam nossas máquinas
internas e as coisas velhas parecem não ser
tão descartáveis assim, né?
E a gente continua do mesmo jeitinho de
sempre...
Ah, como são gostosos nossos chinelinhos
velhos!.... rsss.
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(Repasse
com os devidos créditos)
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