Autoria: Angela Moura
Mesmo que eu lhe pareça
grande, às vezes, até lhe assuste,
sou movido pelo instinto do amor
que rege, sem exceção, os filhos
sadios da Mãe Natureza...
Posso ficar distante, mesmo
ausente, lutando por nossa
sobrevivência, rosnar nervoso,
preocupado com tempos difíceis e
amanhãs incertos...
Até mesmo, pegar o peixe sem
me preocupar em lhe ensinar a
pescar, decidindo e agindo por nós dois, na única certeza
de que, se Deus quiser, você
terá muito
tempo para isso...
Muitas vezes, ficar calado, sem
dividir problemas, escondendo
medos, dúvidas e aflições...
Olhar seu tamanho e, em
silêncio, pedir ajuda ao Céu para
que me ajude a lhe ver crescer,
seguir firme seu caminho,
acreditando poder tudo, sem
dificuldades e indecisões...
Com meu jeito meio sem jeito, posso crescer de
tamanho, morder ou morrer, só para acabar com um perigo
que ronde meus afetos...
Na mesma proporção de meu
tamanho, acabo por cometer
excessos e enganos, eu sei...
Exageros, como sempre, no mel,
no sal, no etc. e tal... Mais ainda,
acredite, no meu "exagerado-e-
assumido-ursa-e-humanamente-
felpudo-e-imenso" amor por você,
querido(a) filho(a).
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