Mariana
e Júlio estavam noivos e pretendiam
se casar logo.
Dois
dias antes, Mariana tinha feito um teste
para obter um emprego com ótimo salário.
- Oh, Deus,
me ajude a ser aprovada! É muito
importante para mim. Quero ser independente,
trabalhar e ajudar nas despesas da nossa
casa. Por favor, Deus, me ajude!,
rezava Mariana.
Com
receio de ser reprovada no teste, havia
decidido não incomodar o noivo com
sua ansiedade e evitou falar sobre o assunto.
O emprego seria uma surpresa para ele.
Júlio
percebeu a distração da moça.
Começou a sentir que ela estava distante,
indiferente, não demonstrando prazer
algum em estar ao seu lado e ficava imaginando:
- Com certeza,
ela está me escondendo alguma coisa,
pensava ele. O que poderá ser?
Foi aí que apareceu o pensamento
sombrio:
- Acho
que ela não gosta mais de mim. Deve
ter arranjado outro. Quem será? Talvez
eu até conheça...
Nesse
minuto, enquanto passeavam de mãos
dadas, encontraram-se com Rogério,
colega de Mariana, e ela, muito alegre,
abraçou o amigo carinhosamente.
Ao
se despedir, Rogério, sabendo do
teste, piscou os olhos para Mariana, desejando-lhe,
mentalmente, boa sorte.
Quando
Júlio viu aquela piscadela, não
teve nenhuma dúvida. Histérico,
começou a gritar para Rogério:
- É
você, canalha! Seu imbecil!...
Sem pestanejar, partiu para cima do outro.
Com
aquele último pensamento, aos berros,
socos e pontapés, sem ninguém
entender nada, quase matou o inocente amigo
de sua noiva, que ficou, um bom tempo, hospitalizado.
MORAL
DA HISTÓRIA
Até hoje, quando Mariana encontra
Júlio na rua, dá meia-volta,
grita por socorro e corre o mais rápido
que suas pernas permitem, agradecendo a
Deus por ainda estar viva.
Como
dizia o Chacrinha, "Quem
não se comunica, se trumbica!"
De
uma coisa a moça está certa:
como tem maluco nesse mundo!
VOLTAR
Imagens:
Blue
Mountain
Copyright©
2002 by Angela Moura
Todos os direitos autorais registrados
www.angelamoura.com.br
|